quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

UM ALERTA PARA AS FAMÍLIAS

Desde crianças somos ensinados por nossos pais o que é certo e errado,o  que deve ser feito quando crescer; eles nos dão orientação sobre carreira,educação, amizades, namoros e estas orientações vão depender da cultura,da estrutura familiar que eles receberam. Porém existe um fator que preocupa todos os pais: o envolvimento dos filhos com as drogas. Infelizmente para o desespero dos pais e também da sociedade, muitos são os jovens que entram nesse caminho sem volta. Eles querem se sentir “descolados” diante dos amigos e considera a droga o caminho certo para buscar essa aceitação.
O relatório Mundial sobre Drogas 2011 divulgou dados alarmantes sobre o Brasil, segundo o relatório o país possui 900 mil usuários de cocaína, e é o principal distribuidor de drogas para a Europa.  
O psicólogo e diretor da Clinica Orion,Wilson Silva, diz que “ na maioria dos casos, o primeiro contato do jovem com as drogas acontece na escola. Eles acabam aceitando experimentar a droga para não serem ridicularizados diante da turma”.
O grande número de clinicas particulares para dependentes químicos é cada vez mais visível, só que apesar do crescente número, o custo para manter um usuário em clinica de reabilitação ainda é alto e apesar de ser um dever do Estado poucos são os investimentos nesta área.
O sofrimento, a preocupação e muitas vezes o desespero não é só para quem passa ou presencia situações com usuário de drogas, o problema acaba atingindo toda a sociedade, são doentes e familiares que necessitam de ajuda, é o tráfico de drogas que cresce em todo país e contribui para o aumento da violência. A falta de perspectiva dos jovens usuários, a educação falha e a perda do sentido e principalmente da valorização da vida contribuem para que os números divulgados pelo relatório Mundial sobre Drogas aumentem cada vez mais.
Wilson Silva, alerta para que “os pais fiquem atentos no comportamento do filho. Mudanças repentinas de humor, sono, agitação, fome em excesso são características dos usuários. Ele diz que caso a suspeita se confirme, a melhor alternativa é procurar ajuda o quanto antes. “ A maioria dos pais e familiares ficam se questionando quando e como tudo começou, mas essas são questões que podem ser discutidas ou pensadas mais tarde, o principal é conversar com o jovem e buscar o tratamento adequado.”
O idealizador da ONG "SOU FELIZ SEM DROGAS",Nelson Hossri, ressalta a importância do dialogo entre pais e filhos, “muitos estudos e pesquisas com dependentes químicos, mostram que quando a família acompanha o usuário durante a internação e continua a auxiliá-lo quando o tratamento acaba, as chances de recaídas se tornam menores.
O fator mais relevante que envolve todos os processos da internação, é a aceitação. O jovem precisa entender que ele esta doente e que precisa de tratamento e para isso é necessário procurar um centro especializado, para que o diagnostico possa ser feito e a partir daí o tratamento iniciado.
Algumas ações foram tomadas com intuito de mostrar o problema para a sociedade e alertar os jovens para seguir longe desse caminho; campanhas foram feitas, comercias veiculados na mídia, novelas passaram a introduzir esta situação em seus folhetins com personagens marcantes e cenas fortes e a Procuradoria do Município de São Paulo promoveu uma medida que é a internação compulsória para meninos de rua, recurso este já utilizado no Rio de Janeiro. Esta medida um tanto quanto polemica, gerou muitas discussões entre especialistas, enquanto alguns acreditam que esta ação pode ter efeito contrario e que mesmo assim não serve como uma solução única, tendo em vista que um dependente precisa não só da internação, mas do apoio dos pais e da família, outros defendem procedimento,alegando que o Estado,assim como os familiares,podem e devem intervir no tratamento desses jovens,que muitas vezes não querem ajuda. Um dos que se mostra a favor da intervenção do Estado é o ex-usuario de drogas, Felipe Amâncio, ele foi dependente de cocaína por cinco anos e diz que “a intervenção do Estado deve acontecer, ainda mais com os moradores de rua, que não tem ajuda dos familiares. Mas, essa ajuda não deve apenas ficar restrita aos moradores de rua, ela deve se estender a todos que precisam de ajuda e não tem como pagar. Esse é um direito do cidadão”, diz Felipe, hoje recuperado e estudante do 5° semestre de Direito.
Esse assunto causou e ainda causa diversas discussões não só entre especialistas, mas na população. Por que muitos jovens entram nesse caminho? Existe tratamento? Qual o melhor e mais adequado tratamento? Existe cura realmente? Ou eles ficam “limpos” por um tempo e depois voltam a utilizar drogas? Estas são perguntas feitas por familiares que tem em casa dependente, mas que deveriam ser feitas por toda a sociedade, a fim de chamar a atenção de todos, já que como foi dito é um problema que afeta diretamente e indiretamente a maioria e que mesmo muitos dizendo que não tem nada a ver com isso, o problema existe e pode estar dentro de nossas casas, sem ao menos temos percebido.
Por: Thais Ramos

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